quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Mulheres Guerreiras Famosas

Emma Goldman -1887


Nasceu em 27 de junho de 1868 na Rússia. Em 1882, onde se tornou operária influenciada pelo movimento intelectual russo, quando emigrou pra os Estados Unidos acompanhou as lutas operárias pelas 8 horas de trabalho que em 11 de novembro de 1887 provocaram o enforcamento dos quatro militantes anarquistas de Chicago.

Emma se tornou uma das principais anarquistas dos Estados Unidos e em Nova York iniciou sua atividade militante sendo presa por inúmeras vezes. Foi uma grande oradora e fundou a importante revista libertária Mother Earth. Depois de ser expulsa com Berkman e mais duzentos revolucionários e de deixar o seu país por não concordar com a repressão comunista, passou a percorrer vários países lutando pela causa operária, pelos direitos da mulher e pelo amor livre.Escreveu vários livros como Living My Life, Anarchism and Other Essays, Puritanismo e Outros Ensaios.

Por volta de 1900, com a prosperidade oriunda do café, que promoveu a intensificação do comércio e a abertura de indústrias, muitas mulheres passaram a deixar o campo e a dedicar-se ao serviço urbano. Mas o recato tinha que ser preservado, independente da classe social.

A opressão capitalista, chega a atingir a mulher inteligente que mesmo martirizada, vai se tornando cada vez mais atuante e revolucionária.


Rosa Luxemburg-1905

Rosa Luxemburg nasceu em 5 de março em Zamosc, Polônia, na área controlada pelo Império da Rússia. Posteriormente seguiu para Varsóvia, aonde foi educada e tornou-se ativista política. Em 1889, fugindo de perseguições políticas e um mandado de prisão, ela escapa da Polônia. Em 1898 ela migra para a Alemanha e se junta ao Partido Social-Democrata Alemão, posteriormente naturalizando-se alemã. Em 1905 Rosa Luxemburgo retorna à Polônia para participar de uma insurreição contra os czares, sendo depois presa por suas atividades.

NOTA: Rosa Luxemburg é o exemplo da mulher Marxista e intelectualizada, mártirizada pela opressão capitalista, Rosa é o exemplo da mulher inteligente e revolucionária. A mulher modelo.

Patrícia Rehder Galvão – Pagu- 1931

Segundo Geraldo Ferraz, a primeira mulher presa, no Brasil, por motivos políticos. Na sua "volta ao mundo", Pagu foi ao Japão, Estados Unidos, Polônia, China, França e Rússia. E suas viagens renderam frutos, pois acabou sendo a primeira repórter latino-americana a presenciar a coroação do Imperador de Manchúria (China). Através deste evento que ela obteve as primeiras sementes de soja para serem plantadas no Brasil.

Em 34, após sua ida à Rússia, Pagu começou a ficar decepcionada com o comunismo e constatou que os ideais não batiam com a realidade daquele país. Sua análise de Moscou foi: "Gente pobre nas ruas e luxo para os burocratas". Logo em seguida vai a Paris, estuda na universidade de Soborne, mas acaba presa como comunista, sendo obrigada a voltar para o Brasil.

Pagu, uma vez mais, foi trancafiada atrás das grades. Desta vez, por um período de cinco anos.

Seu regresso ao cárcere brasileiro, Pagu sofre bárbaras torturas.

Em 1940, ao sair da cadeia, rompeu definitivamente com o PCB, mergulhando numa crise existencial. “O luar! Há duzentos anos não vejo o luar”, escreve numa das crônicas que assina sob o pseudônimo de Ariel (1942), avisando que se sente gasta e cansada, embora disposta a prosseguir “a luta dos náufragos no alto mar”. Nesta fase, sua principal ocupação é combater, consigo mesma, contra a desistência.

Nise da Silveira- Presa em 1935

Nise da Silveira nasceu em 1906, em Maceió. Foi a única mulher, entre os 156 alunos da Faculdade de Medicina da Bahia, que se graduou em 1926. Em 1927 seu pai morreu, a mãe mudou-se para a casa do pai, e Nise, decidida como sempre, pegou um navio para o Rio de Janeiro. Começou sua carreira em psiquiatria no hospital que na época era popularmente chamado de hospício da Praia Vermelha (hoje Hospital Pinel), em 1933.

Morava num quarto do hospital; uma enfermeira, ao fazer a limpeza do quarto, achou livros socialistas na sua estante, e durante o Levante Comunista de 1935, em plena ditadura Vargas, denunciou-a. Embora fosse apenas simpatizante do comunismo, e não soubesse nada sobre a organização do movimento liderado por Prestes, Nise foi presa; ficou na Casa de Detenção durante um ano e 4 meses. Lá conheceu Olga Benário, Graciliano Ramos e outros participantes do movimento comunista, que se tornaram amigos seus. Diz ter tirado grandes lições deste período. ("Tudo vale a pena, se a alma não é pequena...").

Aurora A. de Los Santos De Silveira- Presa em 1935

“Pioneira espírita uruguaia nasceu no dia 28 de agosto 1890, em Montevidéu. Sofrendo as agruras de prisões e da separação dos filhos revelou a sua fibra de missionária, não deixando jamais o desempenho de uma tarefa apostólica que a impulsionava, e que culminou com a fundação de uma instituição espírita que também se tornou à pioneira naquela pátria irmã.

No dia Cinco de julho de 1935, transferiu seu domicílio para a capital uruguaia, em busca de melhores condições econômicas, passando a trabalhar como costureira. Aurora teve desabrochado a sua mediunidade, passando a fazer curas assombrosas de cegos, paralíticos, cancerosos e de uma série de pessoas desenganadas pela medicina oficial. Sua fama se espargiu e doentes vinham de todos os lugares em busca da cura.

Nessa época o Espiritismo no Uruguai era praticamente desconhecido e Aurora foi acusada de exercício ilegal da Medicina, sendo presa e recolhida a uma prisão de mulheres, onde permaneceu durante 6 meses. Seus filhos foram parar nos mais diversos lugares, inclusive em orfanatos. Terminada a sentença, abandonou a prisão, debilitada e abatida, porém isso não impediu que dentro de poucos dias voltasse ao mesmo lugar, reiniciando o seu trabalho apostólico.

Após grandes lutas conseguiu ver realizado o seu sonho, obtendo personalidade jurídica para uma instituição que fundou, o "Centro Evangélico Espiritual Hacia la Verdad", sociedade beneficente cuja inauguração ocorreu em 31 de maio de 1944, e cuja sede própria foi levantada em 1950, na Avenida General Flores, 4.689, em Montevidéu”.

Nota:- Os dados acima foram obtidos por intermédio de Baltazar Silveira, filho da grande pioneira.

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